O Laser vaginal é um dos procedimentos usados na Ginecologia Regenerativa funcional e estética, é o “...nome dado ao conjunto de procedimentos que buscam devolver a funcionalidade e a estética à área genital da mulher, que é perdida ao longo da vida.” (ABCGIN)
Nenhuma mulher é igual a outra, e as características pessoais devem ser respeitadas, mas muitas vezes a pessoa não está satisfeita e esse sentimento deprime a sua auto imagem e confiança. Além disso, com o passar do tempo os hormônios femininos vão diminuindo e com eles a produção de colágeno no corpo todo, inclusive na vulva e vagina fazendo com que os tecidos não apresentem a sustentação e tônus que um dia tiveram.
As queixas mais frequentes são : Incontinência urinária, flacidez vaginal, falta de lubrificação, diminuição do turgor dos grandes lábios e flacidez dos pequenos lábios.
Cada mulher deve ser analisada individualmente nas queixas e no exames físico e complementar, verificar se não há também uma perda funcional juntamente com a estética e programar o tratamento integral, inclusive prevendo um futuro próximo e a longo prazo.
Diversas técnicas podem ser usadas, como:
1) Laser vaginal : O laser utilizado é o de CO2 ou o laser Érbio, que é aplicado através de ondas eletromagnéticas que disparam raios de luz e calor ao entrarem em contato com o tecido vaginal, gerando uma contração, que estimula a produção de colágeno e recupera a tensão e a elasticidade tecidual. Pode ser somente estético (vulva) ou funcional (intravaginal) Esse tipo de procedimento tem como vantagem ser minimamente invasivo e com resultados rápidos, e sua desvantagem é ainda o custo e o fato de ter de ser repetido em aproximadamente um ano para manter os resultados
2) Ultrassom Microfocado : é um procedimento realizado com o uso de um aparelho que emite ondas térmicas e mecânicas que vão causar a vibração de moléculas no tecido e, consequentemente, gerar aquecimento. Esse aquecimento irá ativar células chamadas fibroblastos, fazendo com que elas produzam mais colágeno. De maneira análoga ao laser, através de uma lesão focal uma reação inflamatória local que irá induzir um turgor do tecido . A vantagem também é ser um procedimento minimamente invasivo com resultados rápidos, não tão intensos como os do laser, e a desvantagem de ter de repetir o procedimento de tempos em tempos para que permaneçam o resultados.
3) Microagulhamento com aplicação de Ácido Hialurônico, ainda na linha da indução de
lesão local (microagulhamento) para a auto-regeneração tecidual por processo inflamatório e somado á introdução de ácido hialurônico para preenchimento e clareamento local. Com a vantagem de ser minimamente invasivo, com resultados rápidos e mais acessível do ponto de vista de custo. A desvantagem é a realização de retoques para manter o turgor tecidual.
4) Ninfoplastia: Cirurgia que pode ser feita em ambiente hospitalar ou ambulatorial com anestesia local e a retirada do excesso de pele dos pequenos lábios vaginais, pode ser feita da maneira convencional, em que o resultado é permanente. A recuperação é mais lenta e dolorosa do que feita com laser, mas não se faz necessário o retoque para se manter os resultados
5) Eletroestimulação vaginal com Biofeedback aliado á Reposição Hormonal local : Essa técnica se aplica aos casos de queixas funcionais, como perdas urinárias, flacidez intravaginal, diminuição da lubrificação e sensação de prazer local. Como vantagem temos um resultado de longo prazo e minimamente invasivo e indolor e um baixo custo em comparação com as técnicas de laser e HIFU. Como desvantagens temos o resultado obtido de maneira mais lenta e precisa da coloboração e adesão da paciente nos exercícios propostos.
Quer saber mais? Seja bem vinda! Estou à disposição para esclarecer suas dúvidas.
Um grande abraço,
Dra Patrícia Costacurta
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