A parte e o Todo

Por que há tanta divergência de informações, NA ERA DA INFORMAÇÂO, quando temos acesso instantâneo a infinitos conteúdos? Por que há tantos debates sobre pontos de vista? Temos visto tantos especialistas sobre tantos assuntos, que ficamos CONFUSOS sobre qual caminho seguir.

Quando eu estava na faculdade de medicina, aprendi tantas verdades absolutas, verdadeiras cláusulas pétreas. Entretanto, mais de 25 anos depois, muita coisa já foi deposta e outras verdades já tomaram lugar.

Você conhece aquela parábola Hindu que fala sobre “OS CEGOS E O ELEFANTE”?

“Havia 3 sábios cegos que nunca tinham conhecido um elefante, e cada um descreveu o animal de acordo com a parte em que era tateado, e ficaram debatendo as suas

convicções, quando, na verdade, se somassem as suas verdades, teriam a imagem real e total do elefante.”

Assim, muitas vezes, especialistas debatem sobre determinada teoria e terapêutica na medicina, apresentando a sua verdade com absoluta, sem observar que a SOMA das verdades, beneficiaria a todos, em especial, o PACIENTE!

Vertiginosamente, a medicina vem evoluindo nos últimos anos e se especializando cada vez mais, assim os profissionais da saúde tem concentrado esforços em apenas um órgão ou sistema do paciente de maneira individualizada. Ocorre que quando nos tornando SUPER-ESPECIALISTAS em apenas determinados órgãos, desconsideramos que o indivíduo e o corpo funcionam em HARMONIA.

Não podemos esquecer também do que está por vir, ou seja, o nosso FUTURO, pois a EXPECTATIVA DE VIDA tem aumentado, porém a QUALIDADE tem diminuído.

Resumo: em tempos de tempestades de informações mergulhamos na incerteza e na falta de COMUNICAÇÃO, pois esta só se dá quando há entendimento e esclarecimento do interlocutor que é O PACIENTE.

O QUE PODEMOS FAZER?

Com a ajuda de profissionais qualificados e atualizados e baseando-se em estudos e técnicas cientificamente comprovadas, o paciente deve ser visto e entendido como ser ÚNICO e integral, inserido em uma comunidade com determinado estilo de vida e que precisa viver e envelhecer com saúde integral para ter QUALIDADE DE VIDA. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) a “qualidade de vida” é “...a percepção do indivíduo de sua inserção na vida, no contexto da cultura e sistemas no qual ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações...”

Dentro deste contexto, há que se ressaltar a AUTONOMIA, onde o indivíduo possui saúde e bem-estar para viver como desejar. LUCIDEZ para decidir, ÂNIMO e ALEGRIA para fazer planos e regozijar nos bons momentos. E ENERGIA e FORÇAS para reagir frente aos obstáculos.

Atualmente sabemos que não somente o DNA (genética) é a única determinante do nosso destino saudável, mas mecanismos moduladores e suscetíveis a modificações do meio ambiente tem importância relevante. Estamos falando de: EPIGENÉTICA, que é o estudo dos mecanismos que modulam a expressão dos genes. (Pray, 2004; Silverman, 2004). Existem proteínas chamadas de HISTONAS que envolvem o DNA, impedindo que determinado gene (um pedaço de DNA responsável por uma característica do indivíduo), possa ser acessado, ou

seja, o suprime. Quando algumas substâncias do nosso corpo produzidas durante padrões inflamatórios, as CITOCINAS ativam essas HISTONAS revelando assim uma parte do gene responsável por uma doença, por exemplo diabetes, hipertensão...etc. (Bray, 2003; Schmuker et al., 2000)

Portanto, se controlarmos os fatores ambientais que ativam esses genes nocivos, ajudaremos a PROMOVER e a MANTER a SAÚDE por mais TEMPO.

Que tal termos uma LONGEVIDADE SAUDÁVEL!

Quer saber mais? Seja bem-vinda.